Conheça as variações anuais entre bairros na participação da demanda por imóveis anunciados em nossos portais nas cidades aniversariantes do mês de junho: Itajaí (SC) e Ribeirão Preto (SP).
Fiscal ainda em aberto e evolução benigna no exterior
Conforme o que temos comentado nas edições desta carta mensal, a Ata do Copom (Conselho de Política Monetária, que determina o nível da taxa Selic a fim de controlar o IPCA) dos dias 2 e 3 de Maio indicou não haver redução iminente de juros. A indicação justifica que apesar da taxa de inflação mais baixa, ainda persistem muitas incertezas que podem pressionar o IPCA, com o quadro fiscal do governo entre elas.
Não obstante a arquitetura maleável do novo Arcabouço Fiscal possa ainda possibilitar cenários mais inflacionários, a tramitação no Congresso tem adicionado componentes importantes ao Projeto de Lei, como a inclusão de despesas no limite máximo de aumento de gastos e a obrigatoriedade de contingenciamento como instrumento para garantir meta de resultado primário. Dessa mesma forma, espera-se que o Arcabouço ainda seja modificado até sua sanção, sendo necessário acompanhar suas alterações e o que elas implicam.
Ganha força o consenso de que os efeitos da corrida bancária nos EUA se restringirão ao país e não devem causar recessão, isto é, a atividade econômica cair em relação ao período anterior. Outra notícia positiva é a sinalização do Federal Reserve, banco central estadunidense, de que o ciclo de aumento da taxa de juros se encerrou. Com isso, duas fontes de riscos externos de aumento de inflação (via câmbio) e de enxugamento de crédito doméstico perdem força.
Entre o lento desenrolar da desinflação para se iniciar o ciclo de cortes da Selic e a positiva evolução de fatores externos de risco, a taxa de juros média de financiamento imobiliário se mantém em torno dos 10% enquanto o nível de concessão de crédito imobiliário paulatinamente retrai convergindo para um patamar mais modesto, após os ótimos anos de 2020, 2021 e 2022.
Pedro Tenório, em nome do DataZAP+